HOJE EM DIA...COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS??
“As crianças estão precisando de tapa na bunda”, diz terapeuta infantil
Para Denise Dias, que lança livro favorável à adoção de
formas físicas de punição, falta de limites cria “geração de
delinquentes”
Como explicar a uma criança a forma correta de agir? A dúvida, comum a
muitas mães, divide especialistas. Mas há um ponto em que todos parecem
concordar atualmente: bater para educar seria pouco eficaz e
traumatizante para a criança. Poucos seguem outra linha de raciocínio. É
o caso da terapeuta infantil Denise Dias, que lançou em outubro deste
ano o livro “Tapa na Bunda – Como impor limites e estabelecer um
relacionamento sadio com as crianças em tempos politicamente corretos”
(Editora Matrix).
Desde 1998 o conselho da União Europeia está em campanha contra as
palmadas. Ao todo, 22 países europeus, como Suécia, Áustria e Alemanha,
criminalizaram punições físicas. Publicada em abril de 2010, uma
pesquisa realizada com crianças entre três e cinco anos por cientistas
da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, constatou que aquelas
cujos pais costumavam disciplinar com tapas tinham 50% mais chances de
desenvolver agressividade. No Brasil, tramita no congresso desde 2002 um
projeto de lei que visa proibir as palmadas. Apoiado pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por estrelas como Xuxa, o assunto
ganhou notoriedade.
Com mais de dez anos atendendo crianças e adolescentes, inclusive em
instituições dos Estados Unidos, Denise, no entanto, não vê problemas na
adoção da palmadas educativas. “As crianças estão precisando de tapa na
bunda”, diz a terapeuta. Ela vê a carência na imposição de limites às
crianças como um dos principais problemas da geração atual: “virou uma
bagunça tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes
adolescentes”. Confira a entrevista que ela concedeu ao Delas.
iG: Qual a ideia central do livro?
Denise Dias: Eu vejo que as palmadas que os pais dão nos
filhos, de vez em quando, não têm mal nenhum. “Monstrualizaram” a
educação doméstica. Não se pode mais falar em tapa ou em castigo.
Não se pode mais falar que os pais mandam nos filhos. Virou uma bagunça
tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes adolescentes.
Podemos até falar que é uma geração drogada e prostituída também. A
quantidade de jovens usuários de drogas só cresce ano após ano, isso não
é falta de informação, é falta de limite. O que é, muitas vezes,
imposto com um tapa na bunda.
iG: Qual a diferença entre palmada e agressão?
Denise Dias: Não existe um “tapômetro” para mensurar isso
quantitativamente. No Reino Unido, quando um pai é julgado (por algum
tipo de agressão ao filho), eles observam se foi deixada alguma marca na
criança. Esta seria uma forma mais palpável de medir.
iG: Um capítulo do seu livro fala sobre “criar monstros”. Você pode explicar essa ideia?
Denise Dias: Em uma escada de hierarquia, onde ficam os pais?
No topo. Onde ficam os filhos? Lá embaixo. Os pais possuem autoridade
indiscutível perante os filhos. Para uma criança crescer saudavelmente,
ela precisa de um adulto seguro que diga o que pode e o que não pode ser
feito. Hoje em dia, ao invés de colocar limites, eles (os pais) estão
filosofando excessivamente com as crianças. Costumo dizer que os pais
ficam com “teses de doutorado”, explicando demais para uma criança de
quatro, cinco anos de idade cujo cérebro não está formado adequadamente
para formar abstração, formar filosofia. Por isso que um pai que mora no
décimo andar não tenta explicar para a criança que ela pode cair da
varanda. O que ele faz? Coloca rede em todas as janelas. É só uma criança, ela paga para ver.
iG: Você acha que a palmada é a melhor forma de exercer autoridade?
Denise Dias: Não. Acho que é uma das alternativas e, muitas
vezes, é o que resolve. Tem crianças que nunca precisam levar uma
palmada, a mãe olha e ela já obedece. Tem criança, no entanto, que faz
alguma coisa errada e, por mais que a mãe coloque-a de castigo e tire
privilégios, continua mexendo onde não deve mexer. O que adianta? O que
ela está pedindo? Tapa na bunda. As crianças estão precisando de tapa na
bunda.
iG: Não existem outras formas de exercer a autoridade, como saber dizer “não”?
Denise Dias: Com certeza. Isso eu abordo com clareza no meu livro. O tapa na bunda é um último recurso, mas muitas vezes ele é necessário.
iG: Como saber quando ele é necessário?
Denise Dias: Quando você já chamou a atenção da criança, já
tentou fazê-la parar de fazer o que não deveria estar fazendo, já tentou
colocar de castigo e mesmo assim ela continua. O que essa criança está
pedindo? Limites. Tem criança para as quais basta dizer algo como “vai
ficar sem o cinema hoje”, que ela aprende. Ela não gosta daquilo, então
se comportará, em uma próxima vez, para que não aconteça de novo. Mas
existem crianças que testam incansavelmente os pais. São esses
adolescentes que crescem e queimam um índio, atropelam skatistas...
iG: Bater nas crianças não pode ser considerado um pouco primitivo?
Denise Dias: De forma alguma. Uma coisa é a palmada, depois que
já tiveram vários outros tipos de punições que não deram certo. Outra
coisa é um pai que chega estressado do trabalho, a criança faz algo como
derrubar suco na mesa, por exemplo, e o pai, na sua ignorância, lasca
um tabefe na criança. São situações muito diferentes.
iG: Qual a sua opinião sobre o projeto de lei que visa proibir a palmada?
Denise Dias: Eu sou contra. Ele não é necessário. O Estatuto da
Criança e do Adolescente já protege contra a violência. Vamos definir
“violência”. A criança brasileira está prostituída na rua, está na
cracolândia... A criança brasileira está chegando ao quinto ano do
ensino público sem saber fazer uma conta de subtração. Isso é violência.
Agora o congresso quer criminalizar uma palmada que um filho que olha
para o pai e fala “cala a boca, seu idiota” toma? O pai que não coloca
limites no filho está criando um monstro.
iG: O que levou você a escrever este livro agora, na contramão
de diversos estudos e correntes pedagógicas que pregam justamente o fim
das palmadas?
Denise Dias: Para dizer a verdade, no meu convívio profissional
o que eu mais conheço, graças a Deus, são profissionais a favor de umas
palminhas para educar. Eu vinha escrevendo o livro desde 2009. Quando
deu o boom sobre o assunto, por conta do projeto de lei, comecei a
correr para terminar o livro.
Tirei esta matéria do site do IG...
Para discutirmos...
Agora eu pergunto a vcs....e agora como nóis vamos educar nossos filhos? Palmadas , castigo...ou deixa correr..pra ver no quer vai dar...quem sabe quando eles crescerem não sabe o que é respeito, e acaba batendo em nós?
Vamos dar as nossas palmadas ou vamos deixar o governo mandar na criação dos nossos filhos???
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